quinta-feira, 4 de outubro de 2018

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Além-mar, além-túmulo

Hoje, se fossem vivos, os meus pais fariam 48 anos de casados.
É, objectivamente, muito tempo. Mais tempo parece se recordarmos que Nova Lisboa, onde se casaram, é agora Huambo, que a Angola que eles conheceram deu lugar a uma cleptocracia bajulada pelos nossos desgovernantes e que tudo (ou quase tudo) aquilo que conheciam e apreciavam nesta orgulhosa e histórica nação desapareceu em prol de uma vergonhosa e histérica balbúrdia.
Bem sei que este cantinho blogosférico começou por ser um espaço de aforismos, ou algo do género. Influenciado por Nicolás Gómez Dávila, procurei escrever frases breves mas acutilantes e pertinentes. Embora a ideia tivesse mérito, concluí ser melhor achar a minha própria voz e estruturar textos e pensamentos a meu modo, com outra espontaneidade. Quis até abrir um novo "tasco", mas posso perfeitamente "recauchutar" este.
O que me traz de novo à efeméride que assinalo. Sinto que o melhor modo de prestar homenagem a esses fantásticos seres humanos que eram os meus pais é assumir o meu próprio caminho, mesmo que não fosse exactamente o deles. Não estou certo de quais seriam as suas respostas às perguntas do mundo de hoje, mas sei que é sobre os escombros das respostas do seu tempo que temos de trabalhar se quisermos restaurar qualquer coisa do País que amaram e serviram. Não necessariamente a antiga extensão territorial, e certamente que não a antiga estrutura demográfica e etnográfica. Mas antes a velha Nação pré-Ceuta, ou pelo menos algo do seu espírito e da sua identidade.
Não sei dizer se o caminho que me proponho trilhar seria motivo de orgulho para os meus pais, mas quero acreditar que o facto de querer traçar um rumo novo para mim, a minha nova família e as gerações vindouras poderá ser esse motivo de orgulho. Num mundo insano e desorientado, os novos marcos terão de ser determinados pelos poucos de nós que ainda não recolheram ao asilo. Fazer o contrário seria trair a rectidão de "coluna" que aprendi em casa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Memento homo

Pó és, pó serás. como fizeres assim acharás.

Defeso

Sempre que me dizem que um jogador está "preso por detalhes", tendo a pensar que os detalhes estão presos por arames.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Percursos

Na História em geral, e na História das Ideias em particular, o providencialismo tende a ser autoritário, mas o linearismo é sempre totalitário.

Aos pedacinhos

Escrever bem e escrever muito não são forçosamente o mesmo.